Diante da negativa de uma das empresas com quem vinha negociando, a Cosulati seguirá apostando nas demais interessadas em uma parceria para as operações do frigorífico de aves em Morro Redondo, na zona sul do Estado.
- As negociações haviam avançado tanto que criamos uma expectativa comercial e empresarial. Temos uma excelente oportunidade de negócio, que é a proximidade com o porto (de Rio Grande), mas estamos afastados dos locais de produção de milho - pondera Raul Amaral, secretário-executivo da cooperativa.
Aliás, o atual mercado do grão foi uma das razões apontadas pela empresa para, neste momento, declinar a proposta de parceria. Há expectativa do preço seguir em alta e preocupação com a falta do produto.
Os problemas financeiros da unidade surgiram devido ao aumento dos custos de produção e à necessidade de grande capital de giro para manter a operação.
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O abate de aves segue parado desde a última quinta-feira. Os 180 funcionários estão trabalhando em outras atividades.
- Enquanto estiverem à disposição da cooperativa, os trabalhadores continuam a receber. Seguimos acompanhando as negociações - diz Darci Rocha, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Pelotas.
A categoria mantém o apoio à concessão de férias coletivas, caso sejam necessárias para preservar as vagas. Neste momento, a Cosulati tem como principal preocupação a retomada do alojamento de animais. Quando isso ocorrer, será preciso esperar entre 40 e 45 dias para que o abate seja restabelecido.
- Uma pauta que não entrou em discussão na cooperativa foi a de demissões - garante o secretário-executivo.
Mantendo a estratégia de não divulgar os nomes das interessadas, a Cosulati vai centrar forças nas novas negociações. Para evitar frustrações, uma notícia só deverá vir, agora, quando for para confirmar o negócio.