Ainda é baixo, mas já perceptível o impacto da seca e das queimadas nos preços dos alimentos que chegam à Ceasa de Porto Alegre. Levantamento feito pelo presidente Carlos Siegle com produtores e atacadistas aponta que apenas 12% sentiram efeitos, de alta de preço a má qualidade.
A maior parte cita problemas, como menor qualidade, em alimentos vindos de São Paulo, com destaque para cítricos, como laranja e até uva. De lá, são trazidos, principalmente, batata, cebola e tomate. A opção tem sido buscar produtos do próprio Rio Grande do Sul ou, no caso da melancia, comprar de Goiás. Há o receio de que atrase a safra da fruta, que normalmente tem colheita em outubro.
Quanto ao plantio, alguns produtores citaram que a fumaça afetou o desenvolvimento das hortaliças cultivadas no Rio Grande do Sul. Outro apontou receio quanto aos morangos. Mas a maioria acha que é preciso esperar para avaliar.
Ceasa alerta para impactos das queimadas:
- Redução da produtividade: Plantas expostas a um ar seco e cheio de fuligem podem ter o crescimento comprometido. A poluição gerada pelas queimadas também pode reduzir a fotossíntese, resultando em menor produção de hortaliças e frutas.
- Solo danificado: A queima da vegetação natural destrói a matéria orgânica presente no solo, diminuindo sua fertilidade e dificultando os próximos plantios.
- Aumentar o risco de seca: As áreas atingidas pelas queimadas podem enfrentar secas prolongadas, prejudicando cultivos que necessitam de irrigação constante, como verduras e legumes.
- Contaminação por fuligem e fumaça: As queimadas podem gerar fuligem que se deposita sobre os alimentos em campo, afetando sua qualidade.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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