Prevista inicialmente para o dia 21 de outubro, ficou para 1º de novembro a redução pela Caixa Econômica Federal (CEF) do valor do empréstimo em financiamentos imobiliários pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A alteração mexe em empréstimos de até R$ 1,5 milhão reajustados por TR (taxa referencial), poupança, IPCA e taxa fixa, valendo tanto para imóveis residenciais novos e usados, quanto para comerciais, construção individual e lote urbanizado.
Funcionará assim: na tabela Sistema de Amortização Constante (SAC) - prestação começa mais alta, mas diminui ao longo do tempo -, a cota de financiamento cairá de 80% para 70% do imóvel. Na Price - parcelas iguais, mas com valor final maior de juro -, a redução é de 70% para 50%. O resultado é que o comprador terá que pagar uma entrada de um valor maior.
- Há muita procura. Ganhou-se, então, alguns dias para tentar aprovar mais alguns contratos - comenta a diretora de Assuntos Habitacionais do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul (Sindimoveis-RS), Simone Carvalho, ponderando, porém, que segue difícil obter as liberações.
A Caixa concentra 68% do crédito imobiliário no país. A coluna tem recebido dezenas de reclamações de atrasos na aprovação, assinatura e liberação de crédito para compra da casa própria, inclusive com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com a falta de "funding", o banco público tem limitado também o valor financiado para construtoras fazerem novos projetos. A saída tem sido migrar para outras instituições financeiras, que, porém, têm recursos "mais caros", o que impacta o consumidor na ponta. Além disso, o setor também sente o aumento da taxa de juro Selic, que voltou a ser feito pelo Banco Central.
A Caixa diz estar procurando "novas soluções" para expandir o crédito imobiliário. No horizonte para um custo menor, especula-se uma nova linha de crédito por parte do governo federal. Uma redução nos depósitos compulsórios pelo Banco Central também é alternativa levantada no setor financeiro. Além disso, o Ministério do Trabalho pretende acabar com o saque-aniversário do FGTS, mandando ao Congresso em novembro um projeto de lei com este objetivo.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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