Nas tantas oportunidades que tive para questionar os candidatos à prefeitura de Porto Alegre, inclusive no debate de hoje na Rádio Gaúcha, o futuro do Centro foi o que mais apareceu nas perguntas. A região já vinha minguando, esvaziou-se na pandemia e foi castigada pela enchente. As obras para revitalizá-lo estão demorando bem mais do que o previsto. Um varejista com dezenas de lojas desabafou: "Para mim, o futuro do Centro é um ponto de interrogação."
O que mais os candidatos têm dito é que darão incentivos de impostos, especialmente de IPTU, para quem quiser empreender e morar no Centro. Para ter comerciante, precisa ter fluxo de gente, o que despencou com o teletrabalho e a falta de charme.
Ter mais moradores na região seria incrível. Levaria o consumo, as ruas ocupadas trariam segurança e, principalmente, o centro da Capital voltaria a ter aquela sensação de vida.
Redução de imposto, em geral, é medida defendida pela coluna sempre, mas não creio ser suficiente neste caso. Precisa ter mais. Como as grandes construtoras atraem clientes para seus megaempreendimentos e até bairros privados? Tenho visto apartamentos menores do que as casas provisórias para atingidos pela enchente sendo vendidos por R$ 400 mil ou mais.
Vamos ajudar os candidatos a serem mais assertivos: o que faria tu morares no centro de Porto Alegre? Pode colocar aqui nos comentários da coluna ou me mandar por e-mail giane.guerra@rdgaucha.com.br.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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