O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.
Criada há quatro anos no Paraná, a indústria de cafés Da Quinta escolheu Porto Alegre para abrir sua primeira cafeteria no país. Antes, a empresa já fazia a torra do café em sua fábrica na cidade de Rio Negro (PR), entregando para mais de 400 pontos de venda na Região Sul. Agora, a aposta é em lojas para o consumidor final. A estreia foi no Praia de Belas Shopping, ocupando um espaço de 86 metros quadrados no segundo piso do empreendimento. São quatro funcionários trabalhando na operação, que tem lugar para até 37 clientes sentados.
O investimento foi de R$ 600 mil. O sócio Ricardo Fonseca, que se aposentou como executivo da indústria tabagista, diz que o movimento na unidade tem sido bom e que já negocia com outros shoppings da Região Metropolitana. Há lojas previstas também para as cidades de Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). O plano de negócios estima a abertura de 210 novos pontos nos próximos 10 anos, incluindo lojas próprias e franquias.
— Na Souza Cruz, onde trabalhei por 30 anos, era responsável por desenvolvimento de produto. Cheguei a ir para outro países, como Inglaterra e China. No meu período no Brasil, na hora de testar um produto, tinha que ser sempre no Rio Grande do Sul e no Paraná. São clientes muito mais exigentes. Se passar por esses mercados, no resto do Brasil "vai embora". É assim também em outras indústrias com que tive contato — diz Fonseca, que tem como sócios o casal Patrícia Horn e Robson Dransfeld.
O investimento para o franqueado parte de R$ 380 mil a R$ 400 mil na "loja padrão" em rua, que tem a proposta de ser parecida com uma copa, onde o próprio cliente, se quiser, pode fazer seu café com a ajuda de baristas. Em shopping, o investimento aumenta, avisa o dono da marca. O retorno é previsto para 36 a 40 meses. Há ainda outros dois modelos, um de loja menor, com menos lugares para clientes, e o de quiosque, onde é exigido investimento de R$ 180 a R$ 200 mil. O retorno previsto é de 34 a 38 meses.
Cafés e chás são servidos em cerâmicas feitas pela empresa AMME, de São Leopoldo. Os alimentos servidos no local, como pão de queijo, bolos e cookies também são produzidos por empresas gaúchas, de Igrejinha e Três Coroas.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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