Puxada por gasolina (+13%), licenciamento de veículo (+14%), plano de saúde (+10%) e conta de luz (+6%), a inflação de Porto Alegre fechou 2023 em 3,69%, um pouco acima da média nacional, que foi de 3,55%. O cálculo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) é feito pela Fundação Getúlio Vargas.
Não é uma variação alta, mas não foi maior graças a queda nos preços dos alimentos. Em destaque entre os que ficaram mais baratos, estão o óleo de soja (-32%), a cebola (-30%), o frango (-10%) e a carne bovina moída (-10%).
E qual a tendência para os próximos meses? Na gasolina, a expectativa é de que a Petrobras reduza o preço na refinaria, como tem feito com o diesel. Dólar e petróleo em queda abrem espaço para isso. Em fevereiro, porém, o ICMS do combustível subirá R$ 0,15. Outro item essencial, a tarifa de energia deve subir acima da inflação, dependendo da discussão jurídica sobre créditos de impostos.
O plano de saúde também deve ter reajustes novamente altos. As previsões apontam para altas que superam o dobro da inflação, puxadas pelos custos do setor. Os individuais e familiares têm um teto que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define em maio, mas que serve de parâmetro para as negociações dos planos coletivos e empresariais.
E os alimentos? As altas recentes têm se concentrado nas verduras, frutas e legumes, que sofreram com enchentes no Sul e seca no restante do país. Se o clima der refresco, os próximos meses podem trazer ajustes para baixo nos preços. No geral, os industrializados ainda repassam queda nos preços dos insumos, como combustíveis.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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