Indústria que começou com um pequeno moinho em Pinto Bandeira, no interior gaúcho, a Orquídea Alimentos terá uma operação semelhante em São Paulo. A empresa arrendou um moinho de 72 anos, do tradicional grupo Ocrim, no bairro Jaguaré, zona oeste da capital paulista. A estrutura permitirá o aumento da produção de farinha em 22%, alcançando 44 mil toneladas por mês. Além de manter os 100 funcionários, a ideia é abrir mais cerca de 30 vagas ao longo do ano que vem para ampliar o portfólio de produtos.
Gerente de Marketing da Orquídea, Marcelo Tondo explica que ter um moinho em São Paulo dará competitividade e rapidez à empresa, especialmente pela logística para atender padarias e pizzarias. O acordo também contempla o licenciamento para a empresa gaúcha operar a marca de farinha Mirella no Sul e no Sudeste.
- O mercado de farinha é muito regionalizado. Também conseguiremos usar os veículos para enviar produtos de maior valor agregado para lá, como misturas para pães e bolos. Em paralelo, vamos ganhando espaço para a marca Orquídea em São Paulo, onde ela está há mais de 10 anos - diz Tondo.
O contrato, inicialmente, é por dois anos, mas pode ser prorrogado. O valor não é divulgado. As negociações duraram quatro meses, com assessoria da empresa gaúcha Trust&Co.
Investimentos da empresa
A Orquídea iniciou no ano passado uma ampliação da fábrica de Caxias do Sul com R$ 120 milhões, investimento que foi antecipado pela coluna na ocasião, mas que agora subiu para R$ 200 milhões, com o acréscimo do aumento de três linhas de produção de outros biscoitos. Fundada em agosto de 1953 (ou seja, há 70 anos) pelos irmãos Tondo, a empresa começou com um pequeno moinho de trigo. No final dos anos 1990, iniciou a construção da fábrica da Serra. No ano passado, a coluna esteve na unidade.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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