A economia gaúcha voltou a crescer em outubro, mas ainda está longe de recuperar-se do impacto provocado pela enchente de setembro. Calculado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS) avançou 0,3% na largada do último trimestre do ano, enquanto a média nacional teve recuo pequeno.
A atividade econômica do Estado, porém, avançou em cima da base baixa de setembro, quando caiu 1,37% sobre o mês anterior. Para visualizar melhor, o IBCRRS fechou outubro em 136,98, frente a um patamar de 138,32 de antes da grande cheia. Lembremos que a tragédia atingiu principalmente o Vale do Taquari, região de peso na economia gaúcha, com suas indústrias e comércio de bens e serviços, além do agronegócio.
— O processo de reconstrução e reativação das economias mais atingidas ainda levará tempo, até que o indicador capture o efeito da safra de grãos do verão — pondera o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank, que faz o comparativo usando os dados do Banco Central.
No acumulado de 12 meses, a economia gaúcha avança 2,4%. A média nacional do indicador é parecida, com um crescimento de 2,2%.
Desempenho por segmentos em outubro, segundo o IBGE:
Indústria
A produção industrial gaúcha cresceu 1,2% sobre setembro, após recuo de 5,2% no mês anterior. O acumulado de 12 meses traz queda de 4%. Os piores resultados têm vindo das metalúrgicas e fábricas de máquinas e equipamentos.
Varejo
O volume de vendas do comércio varejista gaúcho subiu apenas 0,2%, depois de uma queda de 2,7%. Em 12 meses, ainda há um bom avanço, de 2,5%. O maior desempenho ocorre na venda de combustíveis.
Serviços
Já o setor de serviços, o mais atingido pela pandemia, cresceu 1,9%, acumulando avanço de 6,4% em um ano. O melhor resultado vem do segmento de informação e comunicação.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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