Está autorizado o início da operação da BioCMPC, investimento gigante feito pela multinacional chilena na fábrica de celulose em Guaíba. O aporte foi de R$ 2,75 bilhões nos últimos dois anos. Foi emitida a licença de operação pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Para o presidente do órgão, Renato Chagas, o ponto alto do projeto, que busca uma atuação mais sustentável, foi abandonar o uso da caldeira a carvão.
- O carvão ainda é uma matriz energética importante para o Estado, mas é importante que esta transição ocorra, que as empresas consigam fazê-lo. A iniciativa da CMPC retira pressão sobre a qualidade do ar na Região Metropolitana - diz.
A previsão era iniciar a produção do BioCMPC agora em novembro, com a conexão dos equipamentos após uma parada de manutenção. O projeto foi noticiado em primeira mão pela coluna em 2021. Na ocasião, foi informado que geraria 7 mil empregos. A ampliação anterior da fábrica, quando ainda era chamada de Celulose Riograndense, já havia sido o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul.
A CMPC Brasil integra um grupo de atuação mundial com sede no Chile. A coluna procurou a empresa nos últimos dias para falar do início da operação do projeto, mas a companhia apenas enviou uma breve nota reafirmando que estava previsto para novembro. Pela última informação disponibilizada à coluna, em maio, a unidade gaúcha estava produzindo 2 milhões de toneladas de celulose por ano. No Rio Grande do Sul, a companhia estimava gerar 45 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, com 6,6 mil profissionais em suas operações industriais, florestais e portuárias. Recentemente, o executivo Maurício Harger deixou a direção-geral da CMPC no Brasil.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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