Cresce a articulação de empresas e parlamentares para que o Congresso derrube o veto do presidente Lula ao projeto que prorrogaria para 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é contrário ao benefício, alegando ser inconstitucional e criticado o impacto nas contas públicas. Ele disse ter uma alternativa, mas que não foi apresentada ainda, conforme confirmou à coluna a relatora do projeto na Câmara dos Deputados, Any Ortiz (Cidadania-RS), na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
“Não apresentou a deputados nem senadores. Achamos até curioso. Provavelmente, ele não pensou nessa proposta na sexta-feira e no final de semana. Deveriam estar pensando alguma alternativa há bastante tempo para que pudéssemos discutir. O requerimento de urgência foi aprovado em julho, na volta do recesso. Nós aprovamos para ir a plenário, aprovamos o mérito da matéria e voltou ao Senado. E pior, o ministro diz que vai apresentar essa alternativa na volta da COP. Eu já disse aqui e vou repetir: as empresas precisam de previsibilidade. Elas precisam planejar seus orçamentos para o próximo ano, não tem tempo hábil de esperar o ministro voltar da COP para sentar com setores, sindicatos e parlamentares para fazer uma discussão. Vai aumentar a passagem de ônibus porque o setor de transportes é um dos desonerados hoje. E aí o ministro diz que vai falar isso só na volta da COP? Acho que não estão tratando o tema com a seriedade que precisa.”
Ouça a entrevista completa:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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