Com origem no Rio Grande do Sul, mas há alguns anos com sede em São Paulo, a Monte Bravo Investimentos conseguiu concretizar o antigo plano de virar uma corretora independente. Até a aprovação final do Banco Central, atuava como escritório da XP Investimentos, sem autonomia para oferta de produtos e serviços. A alteração, aparentemente, não muda os planos da empresa para o Rio Grande do Sul. O CEO Pier Mattei quer a liderança em assessoria de investimentos no Estado, mas não diz a quanto teria que chegar para consegui-la. Hoje, faz gestão de pouco mais de R$ 10 bilhões de investidores gaúchos, e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) não tem ranking com recorte por região ou Estado do ranking de custódia de ativos.
— É um público mais maduro, majoritariamente com mais de 40 anos, e mais conservador. O gaúcho prefere não tomar muito risco e busca aplicações mais seguras, como renda fixa - conta o executivo — Quando falamos de supermercado, farmácia, empresa de construção, há referências claras. Nossa estratégia é ser a grande referência em investimentos no Rio Grande do Sul.
No país, a Monte Bravo soma R$ 35 bilhões. A meta de chegar aos R$ 100 bilhões sob custódia foi adiada de 2024 para 2025. Segundo Mattei, o esforço acabou direcionado à estruturação como corretora.
— Passamos a ser uma instituição financeira, ter liberdade para customizar a experiência, trazer outros produtos ao cliente. Passamos a ter vida própria — acrescenta.
Também ficou de lado, ao menos por enquanto, o plano de abrir capital em bolsa, o que a empresa havia sinalizado à coluna ainda em 2021. A Monte Bravo foi fundada em Santa Maria em 2010. Atualmente, está em 11 cidades e sete Estados.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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