Atrasou a dragagem das hidrovias do Rio Grande do Sul. O prazo inicial do secretário estadual de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Costella, era de que a conclusão ocorresse ainda no primeiro semestre. Procurado pela coluna, ele afirmou que o motivo foi a ampliação da batimetria, que consiste no levantamento do volume de areia que precisa ser retirado dos canais e para onde ela será levada. Em vez de oito, foram vistoriados 18 canais.
— Iríamos fazer a batimetria somente dos canais que estavam piores, mas se ampliou para todos. Isso fez o estudo levar mais tempo, mas aproveitamos a mesma empresa e para ter informação sobre as próximas etapas — disse.
Pois a batimetria ampliada terminou na semana passada. Entre os próximos passos, está a publicação do edital para a dragagem em si, o que deve ocorrer em novembro, e a busca pelas licenças com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para os vários lotes, diz o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, que acrescenta que o clima também dificultou a batimetria.
Os R$ 60 milhões necessários já estão destinados ao trabalho desde o governo anterior. O secretário Juvir Costella informa já ter pedido as informações completas à equipe para, nos próximos dias, dar uma nova previsão de conclusão dos trabalhos. A batalha pela dragagem vem sendo encabeçada por Wilen Manteli, diretor-presidente da Associação de Hidrovias do Rio Grande do Sul (HidroviasRS). Segundo ele, essa quantia desobstruiria 300 quilômetros das "estradas de água", que muito abastecem indústrias da região metropolitana de Porto Alegre.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna