Após cerca de quatro anos de obras, foi inaugurado o empreendimento residencial que ocupa um dos pontos clássicos do centro de Porto Alegre: o do antigo hotel Plazinha, na Rua Senhor dos Passos. A incorporadora Infinita, que comprou o prédio e preparou o espaço, investiu R$ 45 milhões no projeto, que conta com 183 apartamentos mobiliados e áreas em comum, como de serviços compartilhados.
— Além de entregar os empreendimentos todos mobiliários, já tem assinatura de streamings, TV à cabo, internet, aluguel de guarda chuva, carro compartilhado. Tem máquinas de venda espalhadas pelo empreendimento. Há ainda salas de reunião, estúdio de podcast para locação dentro do empreendimento e até uma oficina, com martelo, prego — contou à coluna o CEO da Infinita, Diego Antunes.
O projeto tem como público-alvo o morador final, mas algumas unidades foram compradas por investidores para locação. Inclusive, haverá uma plataforma de São Paulo apenas para fazer a gestão dos aluguéis: a Housi. Dos 183 apartamentos, 170 já foram comercializados. Os outros até chegaram a ser vendidos, mas foram devolvidos durante a pandemia.
Além dos apartamentos e das áreas em comum, três andares foram reservados a lojas e serviços comerciais. No terceiro, ficará uma academia. No segundo, um polo de tecnologia. E no térreo, prevista para julho, uma unidade do restaurante paulistano Brique, do chef Marcos Livi, que trabalha também em outros negócios gastronômicos no Rio Grande do Sul, como o Grupo Bah e o Veríssimo Bar.
Aliás, além do térreo, o projeto do Brique prevê a restauração da praça Otávio Rocha, com a reabertura de um café que ficava por lá e que foi fechado em 2019.
— A praça será como o jardim do nosso empreendimento. Em duas semanas, vamos começar a restaurá-la — comenta Antunes.
Os apartamentos têm cerca de 20 metros quadrados e foram comercializados por um valor médio de R$ 350 mil. Participaram da construção a Capa Engenharia e a ProduSchopping.
O Plazinha, que ficava no local, funcionou de 1958 a 2015. Virou um dos clássicos da cidade. Empresários, políticos e celebridades hospedavam-se lá. Reportagem de ZH de 2015 relembra, por exemplo, que uma das marcas de sua "elegância" era a decoração do artista plástico Vitório Gheno, que reformou o lobby, desenhou o restaurante, projetou móveis e espalhou obras de arte.
Everest
A Infinita também é responsável pela revitalização do hotel Everest. Conforme a coluna noticiou recentemente, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade já aprovou o projeto de reestruturação do edifício, de R$ 85 milhões.
— Estamos fazendo toda reestruturação do empreendimento. Quem sabe vem aí no segundo semestre. Estamos trabalhando forte para isso — finalizou Antunes.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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