Em tempos de volta de parte do imposto federal para a gasolina, da mudança que elevará o ICMS do diesel e da discussão sobre a retomada do imposto estadual maior para a gasolina, o alívio, quem diria, vem do petróleo. O barril está abaixo dos US$ 75 nesta quinta-feira (16), patamar mais baixo desde o ano passado.
O motivo é o temor de que a crise em alguns bancos, como a quebra do Silicon Valley Bank e as dificuldades do Credit Suisse, se alaste pelo sistema financeiro. De qualquer forma, já ocorre uma aversão ao risco por parte de investidores, o que tem poder de impactar a "economia real", que já sente a alta taxa de juro e a inflação. O petróleo, aliás, só não está caindo mais porque os indicadores da China têm mostrado força.
Com a queda do petróleo e se o dólar der uma recuada, volta a ter espaço para que a Petrobras reduza o preço dos combustíveis. Já cortou, há duas semanas, os valores nas refinarias para gasolina e diesel. Segundo o monitoramento da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença de preços da gasolina com o Exterior tem caído bastante nos últimos dias. No diesel, inclusive, o preço da Petrobras já está acima do Exterior.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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