A inadimplência do brasileiro e a inflação estão entre as preocupações do novo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Medidas para lidar com esses problemas foram tema das perguntas da coluna na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Confira trechos abaixo e o áudio na íntegra no final da coluna.
Das propostas que pretendem encaminhar para amenizar a situação dos superendividados, em quais aposta mais?
Em primeiro lugar, queremos tratar com o Supremo Tribunal Federal para suspender novos empréstimos. Em segundo lugar, é possível ter alternativas de subsídios para garantir um valor suportável (de pagamento do crédito já tomado). Em relação ao pessoal do Bolsa Família, tem propostas de compensação ou de alongamento maior (para quitar o empréstimo consignado). O objetivo é do Ministério do Desenvolvimento Social, a tomada de decisão envolverá o Ministério da Fazenda com a Presidência da República e a Caixa Econômica Federal, que foi o banco que liberou esses financiamentos (consignado para o Auxílio Brasil). Tem que garantir que tenhamos um caminho que seja legal e socialmente seguro.
Quais medidas defende para combater a inflação, uma das causas da fome?
A inflação e todos esses indicadores que mexem com a vida do povo brasileiro serão tratadas a partir de metas. Sim, com controle nas despesas. Não pode ter uma organização da economia sem que se tenha uma responsabilidade com as conta públicas. Estamos tratando agora de um plano emergencial, mas também com um plano estratégico de curto, médio e longo prazo. Se eu quero ter redução da inflação, vamos ter que encontrar uma alternativa que leva em conta regras de mercado, mas também caminhos para aumentar a produtividade. Cito o exemplo dos combustíveis. Hoje, o Brasil importa gasolina. É produtor de petróleo, exporta, mas tem baixo refino. Temos que ampliar o refino, ter um fundo de estabilização. É nisso que vamos trabalhar, através do ministro Fernando Haddad (da Fazenda), com o doutor Jean Paul (Prates, indicado para a presidência da Petrobras), com o Ministério das Minas e Energia. Vamos ver formação de estoque, garantir condições que evitem subida brusca no preço do alimento. São regras transparentes que levam em conta a necessidade do lucro de quem produz, industrializa, presta serviços. Ter um custo Brasil menor, ampliar renda e crescer a classe média. Isso dá estabilidade, cria um mercado consumidor com menos dependência de oscilações do mercado externo. Esse caminho certamente o Brasil vai trilhar.
Colaborou Vitor Netto
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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