Investimentos adaptados à vocação de cada lugar são a proposta do consórcio Novo Caracol, liderado pela Iter Parques, que será o novo administrador dos parques estaduais do Caracol, em Canela, e de Tainhas, nos Campos de Cima da Serra. O grupo apresentou a melhor proposta no leilão. A Iter Parques é a responsável pelo bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. Confira abaixo trechos da entrevista exclusiva do Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, com o CEO da Iter e do Parque Bondinho Pão de Açúcar, Sandro Fernandes, e a íntegra no final da coluna.
Qual a importância do leilão para a empresa?
Queremos, com toda a humildade, simbolismo e responsabilidade, trabalhar junto com a sociedade para ressignificar e trazer de volta a história linda do Parque Caracol, em Canela, e ajudar também o povo de Jaquirana, de Cambará do Sul, de São Francisco de Paula, a aproveitar a potência do Parque Tainhas, de uma beleza natural singular, mas que ainda não foi explorada. Nós, junto com a Pianura Participações (que faz parte do consórcio), somamos mais de 160 anos de história. Para nós, é um grande acontecimento.
De quanto será o investimento e qual o prazo para fazê-lo?
Faremos um grande investimento, que passará dos R$ 50 milhões. O prazo estimado é de dois a três anos. Pretendemos entregar para a sociedade e para o turismo da serra gaúcha dois novos equipamentos, trazendo cada vez mais investimento e turistas, gerando renda e emprego.
Quais equipamentos? Algo semelhante ao bondinho do Pão de Açúcar?
Estamos discutindo agora quais traremos. Vamos sempre observar a característica dos parques. O de Canela é urbano, enquanto o de Tainhas é natural. Para o parque urbano, você terá uma série de equipamentos mais de diversão, com a Cascata do Caracol como nossa grande atração âncora, onde nasceu a cidade e se desenvolveu o "hub" turístico de Canela e Gramado. Para Tainhas, já é um posicionamento mais contemplativo, de interação forte com a natureza, onde o ecoturismo falará mais alto. Eu tenho certeza de que vai ser mais um grande equipamento turístico para a serra gaúcha.
Alguma estimativa de aumento de visitantes?
Sem dúvida. Foi a grande base do nosso investimento, não à toa ofertamos R$ 150 milhões pela outorga, muito mais do que as pessoas esperavam. O Caracol pode dobrar a visitação em até três anos. Isso tudo obedecendo todas as questões de sustentabilidade.
O valor do ingresso não foi limitado na concessão. Vocês têm previsão?
Ainda não, mas com certeza haverá um reajuste para ajudar a cobrir todos os investimentos e a operação do parque. A nossa ideia é, logo na arrancada, trazer uma série de pequenas melhorias. A população que for visitar perceberá de antemão que tem nova administração.
A Iter já atua no Rio Grande do Sul?
Não, é a primeira vez em 100 anos que a Iter Participações faz investimento fora do Parque Bondinho Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. Para nós, é uma honra e sabemos o peso da responsabilidade.
Teremos outras concessões aqui no Estado. Mais alguma interessa à empresa?
Sim, várias. O Rio Grande do Sul tem tudo para despontar e ser um dos grandes Estados em turismo, seja ecológico, de cidade ou cultural. Mas quais ainda é uma informação estratégica, mas estão no radar.
Ouça a entrevista:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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