O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Uma empresa gaúcha está chegando ao mercado com tecnologia de certificação digital para animais, tanto de estimação como de pecuária. É a Soxi, que foi lançada no final do mês em Porto Alegre. A empresa faz o mapeamento genético do animal e cria, com ele, um NFT, sigla para non-fungible token (token não fungível, na tradução para o português) — uma espécie de certificado digital que garante exclusividade do produto ou bem.
A NFT para os animais pode ter diversas aplicações. No caso de pecuária, pode-se usar o certificado digital para comprar ou vender os bichos, algo já comum no mercado de obras de arte, por exemplo, e que também tem ganhado força no setor imobiliário. Já para os animais de estimação, o intuito de registrar o DNA do bichinho em um certificado digital é mais por um interesse pessoal do tutor.
— Ao gerar um NFT do seu pet, um tutor passa a ter um avatar do animal, desenhado por uma artista com exclusividade, ao qual se ligam os dados genéticos do bichinho. Com isso, além de o tutor poder fazer disso prova da sua relação com o pet, passa a contar com a possibilidade de ter uma representação digital do seu animal para usá-la em diferentes finalidades, como em fotos de perfil ou postagem de mídias sociais, criar perfis, até mesmo ter o avatar do pet no metaverso — explica Sandro Wainstein, um dos sócios do projeto.
Na prática, a Soxi tem uma parceria com o laboratório Neogen, que fornece os insumos e realiza todos os testes para conseguir o DNA do animal. Depois, o código genético é ligado à uma NFT. No caso dos pets, será cobrado um valor pela geração do NFT, que envolve o processo inteiro.
— Já nas relações com outros mercados, como pecuária, temos acordos que levam outros parâmetros em consideração, especialmente por se tratar de mercados mais fortemente transacionais.
Afinal, o que são NFTs?
A sigla vem ganhando bastante força nos últimos anos. No início do ano, a coluna conversou com o professor da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUC-RS, André Pase. Ele explicou que o NFT é a forma como um usuário pode transformar um arquivo em único.
— É como se você estivesse comprando uma obra de arte com exclusividade, original. E o NFT me certifica que aquilo que estou comprando é original. E a partir disso, consigo colocar valor em cima do arquivo, podendo valorizar ou desvalorizar meu certificado, e vendê-lo — explica.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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