Em breve, começará a revitalização do Nova Olaria, tradicional centro comercial do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. O projeto será feito pela Cyrela Goldstztein e foi detalhado pela empresa ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha (assista à entrevista abaixo). A parceria é com a Dallasanta, que é dona do local.
O investimento da Cyrela atingirá R$ 150 milhões. Ele inclui a reforma do Nova Olaria e também as torres residenciais que serão construídas no entorno do empreendimento, que fica na Rua Lima e Silva.
A revitalização será dividida em três fases. A primeira terá a retirada de anexos para instalação do plantão de vendas. A segunda compreenderá a reabertura do Nova Olaria ao público com algumas melhorias, incluindo a abertura do plantão de vendas e talvez de algumas operações gastronômicas. A terceira fase será marcada pela construção do projeto residencial e a recuperação completa do centro comercial.
Durante cerca de 20 meses, o Nova Olaria ficará fechado, incluindo o cinema, comprado no ano passado pelo médico Marcelo Tiburi. Os lojistas foram convidados a manter o vínculo com o local, reabrindo as operações quando a reforma estiver pronta. Um dos arquitetos que acompanha o processo é Sérgio Marques, filho de Moacyr Moojen Marques - autor em 1992 da galeria comercial.
O projeto foi chamado de Complexo Multiuso Nova Olaria pela Cyrela Goldsztein. O lançamento ocorre junto com a Dallasanta, atual proprietária e administradora do prédio comercial. O projeto de revitalização é dos escritórios Hype Studio. O projeto de interiores é da arquiteta Cássia Kroeff.
No mercado há mais de 50 anos, o grupo Cyrela atua em 16 Estados e no Distrito Federal, com 5 mil funcionários. Na Região Sul, está presente com a marca Cyrela Goldsztein, fruto da incorporação feita há oito anos. Já a Dallasanta é uma gestora de ativos imobiliários que atua na locação de imóveis, fazendo a gestão da construção e da administração de seus empreendimentos.
Leia e assista à entrevista com Rodrigo Putinato, CEO da Regional Sul da Cyrela, e Luiz Guilherme Paludo, diretor de Incorporação da empresa:
O centro comercial será mantido e as torres serão construídas no entorno?
Toda a parte será mantida. A gente vai reformar toda ela. Estamos torcendo para que muitos dos lojistas voltem a participar deste mall. Para revitalizar, não tem jeito, a gente tem que parar um tempo. Vamos torcer para que a revitalização dê uma guinada no Olaria, porque estava ficando degradado depois da pandemia, quando muitos lojistas sofreram. A gente vai revitalizar pensando no Olaria por 50 anos, para eternizar ele.
A ideia é manter as operações? Vocês têm conversado com os proprietários dos comércios?
Vai muito na conta de cada um. Então, a gente não consegue fixar quem vai continuar e quem não vai. A gente vai construir imaginando espaços maravilhosos para que alguns voltem. Alguns falaram que sim, mas não vamos divulgar porque não tem assinado. O importante é que a gente dará um espaço muito bonito para a cidade. Vai ter esse processo de recuperação do mall. Um tempo em que a gente vai ter que ficar fechado, inclusive o cinema. Provavelmente, durante os próximos 10 meses, eles vão funcionar junto com o nosso plantão de vendas. Tudo que tem lá hoje, depois fecha por mais ou menos 25 meses e, aí, reabre todo o Olaria.
Qual vai ser o investimento total considerando tanto as torres e a revitalização?
Nós vamos investir em torno de R$ 150 milhões. O valor estimado de vendas gira em R$ 270 milhões.
O empreendimento vai mudar a cara da região?
Com certeza. É um impacto bastante grande, bastante positivo para toda a região. Eu diria que ali é o coração da Cidade Baixa. Todo mundo lembra do Olaria, fala do Olaria.
Quantos empregos serão gerados?
A gente imagina que vai girar nessas três torres em torno de 1,5 mil empregos diretos e indiretos.
O centro comercial não vai ser fechado apenas para os moradores, certo?
Perfeito. Exatamente isso. Quem entrar pela Lima e Silva, vai conseguir sair pela Luiz Afonso. Vai conseguir andar por todo o mall, a ponto de que vai passar também pelas torres de estúdios.
Assista a entrevista na íntegra em vídeo:
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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