Ao completar 20 anos, a financeira Viacerta Banking resolveu direcionar esforços para o público feminino. Atualmente, as mulheres respondem por 60% dos 5 milhões de clientes, que compõem uma carteira de R$ 500 milhões. A ideia é ampliar para 80% e até 90% até 2025, disse à coluna o diretor comercial Ademir Diel.
Para isso, já foi realizada uma pesquisa e criado um grupo interno na empresa. O trabalho apontou 16 possibilidades que vão da adaptação de produtos já existentes até a criação de linhas de crédito novas. Há uma intenção da empresa de apostar no crédito para empreendedorismo. Mas por que mulheres?
- Mulheres, principalmente chefes de família. Percebemos que é um público bastante desassistido. Quer empreender e não tem acesso ao crédito - diz Diel.
Pelo que ele relata, é um crédito de maior qualidade para a instituição também:
- A mulher paga mais em dia, é mais comprometida. Ela é 25% mais adimplente do que o homem. Tanto que os limites que liberamos para mulheres são 40% maiores do que para homens.
E sobre o custo do crédito, o diretor diz:
- Menor será a taxa quanto melhor pagador for o cliente. Nosso "motor de crédito" funciona já na boca do funil.
A Viacerta tem origem na Lojas Quero-Quero, à qual pertenceu até que a rede gaúcha fosse vendida a um fundo de investimentos. Os atuais donos da financeira são, ainda, os fundadores da varejista, que, aliás, continua como cliente. Várias operações do braço financeiro da Quero-Quero têm a Viacerta como origem dos recursos, o chamado funding.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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