Finalmente, o dólar fechou, à tarde passada, um pregão abaixo de R$ 5 em mais de um ano. Nesta quarta-feira (23), também está em queda e, aparentemente, esta é a tendência com a continuidade do posicionamento dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos em relação às taxas de juro. Como o câmbio foi uma das pressões no bolso do consumidor no último ano, a expectativa é para o alívio que a queda do dólar pode trazer.
Primeiro, já está retirando a pressão para que a Petrobras eleve preços de combustíveis nas refinarias mesmo com a alta do petróleo no mercado internacional. Também deve aparecer o reflexo nas roupas da coleção de verão, segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), Paulo Roberto Kruse.
- Os preços dos tecidos são todos dolarizados, assim como produtos confeccionados que recebemos da China. A queda atinge a compra dos produtos para o verão. É um alívio porque também estanca os aumentos que vinham acontecendo - diz Kruse.
E quanto aos alimentos que tanto pesam no orçamento das famílias? Pois um alívio é esperado para breve, segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Antonio Cesa Longo. O primeiro produto a sentir será o óleo de soja, diz ele. A notícia é boa, já que o produto foi um dos vilões da inflação mais do que dobrando de preço no último ano.
- É um produto de alto giro. O setor faz a sua reposição a cada 15 dias.
Longo acredita ainda na queda nos preços das carnes de aves e também nas demais proteínas animais. Projeta também estabilização no preço da farinha de trigo, o que reflete nos preços de pães e massa. E, para fechar, prevê uma queda no preço do açúcar nos próximos 30 dias.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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