Com o bolso do consumidor apanhando de todos os lados, qualquer redução de despesas vem bem. Um alívio, aliás, deve chegar do plano de saúde individual e familiar. Está para ser definido na semana que vem o reajuste pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que tem reunião marcada para o dia 18 para bater o martelo. Em geral, o percentual é divulgado em junho.
Especula-se de que o ajuste anual fique perto de zero ou até que seja negativo, trazendo uma redução nas mensalidades. Mas como? O motivo vem da redução de custos do setor, puxada, por sua vez, pelo menor número de procedimentos médicos eletivos em 2020, em especial no início da pandemia. Muitos deles foram suspensos para que o foco ficasse no coronavírus. A taxa de sinistralidade também ficou abaixo de 2019, apontando um menor uso dos planos de saúde.
Essa modalidade de plano individual representa quase 20% do mercado, ou seja, 9 milhões de brasileiros. O reajuste é aplicado a contratos com aniversário de maio de 2021 a abril de 2022. No ano passado, o aumento foi de 8,14%, mas ele foi postergado pela ANS para aplicação em parcelas. Então, pode ser que o valor absoluto da mensalidade não caia, mesmo com um reajuste negativo, que pode chegar a 5%.
E os demais planos? Pode ser que a redução no plano individual faça uma pressão para aplicação de aumentos menores nas modalidades coletivas, que englobam o empresarial e o por adesão. Essas, por sua vez, tem 39 milhões de usuários. O adiamento do reajuste do ano passado, inclusive pela mudança de faixa etária, pressionou com força os preços no início de 2021.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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