Entre tantos efeitos, a pandemia está fazendo uma consumidora online sentir saudade de ir a uma loja. Eu já tinha o costume de comprar pela internet, o que cultivei, principalmente, quando estava de licença maternidade cuidando de dois bebês em casa. Para terem ideia, já comprava até comida e calça jeans antes mesmo da transformação digital feita pelo coronavírus. Mas ando agora com uma vontade de passear no comércio e bater um papo com vendedores. Ou seja, um movimento totalmente contra a maré do momento.
E tenho certeza que esse sentimento foi provocado pelo comércio local, esse pessoal tão carinhoso e que passei a admirar ainda mais. É inspirador ver como estão se virando, sendo criativos e toda essa vontade de sobreviver a esse tsunami. Claro que tive experiências ruins, mas também achei uma loja do shopping que fez a fábrica achar tecidos para produzir pijamas quentinhos mesmo depois da virada da estação. E o atendente da loja de brinquedos que mostrava as opções de cores das caixinhas lá de dentro porque não queríamos entrar? Ou a assistente do supermercado que mandou um bolinho de laranja porque achou que a melancia não estava tão bonita assim, dando calor a uma venda por aplicativo que podia ser fria e distante.
E ainda ontem, recebi uma mensagem de uma banca do Mercado Público de Porto Alegre perguntando qual o horário adequado para a entrega das compras que fiz pelo site. Aliás, uma plataforma simples e eficiente. Comprei passas de uva como compraria uma eletrônicos em sites de gigantes do e-commerce. Respondi o meu turno preferido e recebi a mensagem: "Obrigada por apoiar o comércio local."
Respondi: "Apoio sim!" E já entrou na minha lista de desejos pós-pandemia visitar todos esses lugares para conhecer essas pessoas que me passaram carinho virtual e deixaram alguns momentos mais leves nesses últimos meses.
Em tempo, as lojas estão, sim, abertas em Porto Alegre. Mas não é época ainda de ficar passeando pelo comércio. Comprando pela internet, preservo minha família, os vendedores e os demais consumidores que não estão habituados com os canais digitais e precisam frequentar o ponto de venda.
Marca X CNPJ
Em um assunto relacionado a esse, o programa Seu Dinheiro Vale Mais, em GaúchaZH, tratou da percepção do consumidor em tempos em que as empresas adotam plataformas de venda e sistemas terceirizados de entrega. Assista aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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