Em mais um ano que começa com esperança de retomada da economia, uma estiagem vem em péssima hora. As entidades ainda trabalham para fechar números de impacto financeiro, o que é trabalhoso e precisa de cuidado, avisa o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz. Mas o profissional trouxe um alívio ao conversar com a coluna nesta segunda-feira (13):
— Caiu ouro no Rio Grande do Sul com a chuva de quinta, sexta e sábado. É preciso ter cuidado para fazer projeções, não pode se espalhar a desgraça assim.
Segundo ele, a chuva dos últimos dias vai amenizar o impacto da seca. Além disso, o economista observa que a estiagem de agora nem se compara às de 2005 e 2012, que foram as piores da história. Relembre os números:
2005
PIB do agronegócio no RS: -21%
PIB do RS: -2,7%
2012
PIB do agronegócio no RS: -32,4%
PB do RS: -2,1%
A coluna conversou com o economista da Farsul buscando projetar os impactos da estiagem nos demais setores da economia. Isso porque o que acontece no campo, definitivamente, não fica somente lá. Chega na Região Metropolitana de diversas formas, que vão do preço na prateleira do supermercado, que pode subir com a falta de produto, até o emprego nas fábricas de máquinas agrícolas.
— A agropecuária sozinha pesa menos de 10% no PIB. Mas o agronegócio como um todo supera 40% — calcula Antônio da Luz.
Para fechar, apesar de os números ainda estarem sendo trabalhados, o economista acredita que o impacto desta estiagem não chegue a dois dígitos de queda no PIB do agronegócio.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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