Quadro Fique de Olho no programa Acerto de Contas, com Francine Silva. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha.
O gaúcho Clóvis Vijales, 50 anos, se apresenta nas redes sociais como “o” Papai Noel. Com cabelos e barba branca, barriga saliente e bochechas rosadas, ele encarna o bom velhinho há cinco anos. No site papainoel.art, ele apresenta o portfólio que inclui a caravana da Coca-Cola, o contato para participação em eventos a R$ 400 por 30 minutos e até vídeos personalizados para a internet por R$ 59,90. É um Papai Noel empreendedor e tecnológico.
Foi servindo de motorista para um outro Papai Noel que Vilajes descobriu a vocação. Com a ajuda do mentor, ele começou a interpretar a principal personagem do Natal. Com a roupa emprestada, deu colo e ouviu os pedidos de presente de 250 crianças de uma escola de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, lá em 2014. E assim começou a nova vida de Vilajes.
Dois anos depois, já com a barba maior, ele foi desafiado pela esposa, Ariadne Decker, a tirar do papel o sonho de integrar a campanha de Natal da Coca-Cola.
— Mandei uma carta a mão, como de criança, para o RH da empresa. Lembro que escrevi que a marca merecia um Papai Noel do meu tamanho — lembra rindo.
Foi assim que ele surpreendeu a equipe da companhia e, por dois anos, integrou a caravana.
— Neste ano, eles fizeram uma campanha diferente, com Papai Noel negro, para incentivar a diversidade. Por isso, fiquei fora. Foi aí que surgiu a ideia de criar o site — conta.
Com a agenda lotada para o dia 24 de dezembro desde o mês de outubro, Vilajes ainda é garoto-propaganda de campanhas natalinas de diversas empresas gaúchas. É, ainda, o Papai Noel oficial da prefeitura de Novo Hamburgo.
— É de arrepiar a emoção de ver os olhinhos das crianças brilhando. Temos que conhecer e colocar em prática, cada vez mais, a palavra empatia — finaliza, com um sonoro ho ho ho.
O trabalho de Papai Noel foi também a receita para passar o veraneio sem aperto:
— Como tenho uma escola de arte, o verão trazia a diminuição do trabalho devido às férias. Desde que comecei a interpretar o bom velhinho, os primeiros meses do ano deixaram de ser tão difíceis — afirma.
Saiba mais, no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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