O preço da gasolina subiu na refinaria, mas caiu nas distribuidoras e também nos postos. No último dia 28, a Petrobras elevou em 3,5% o custo do combustível. No entanto, a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo apontou que a redução se intensificou nas demais etapas da cadeia do setor até chegar ao consumidor. São, inclusive, os menores patamares de preço desde o início de março.
No Rio Grande do Sul, o litro da gasolina comum caiu de R$ 4,01 para R$ 3,89 no preço cobrado da distribuidora dos postos de combustível pesquisados. Na média encontrada pela ANP na bomba, a redução foi de onze centavos, com o preço caindo de R$ 4,45 para R$ 4,34.
O valor médio mais baixo do Rio Grande do Sul está em postos de Passo Fundo, com o litro chegando a R$ 3,79. O município tem registrado uma forte concorrência entre os estabelecimentos.
Também houve forte redução em Porto Alegre, onde a média do litro caiu 13 centavos nos postos de combustível. O preço da gasolina comum na pesquisa da ANP caiu de R$ 4,38 para R$ 4,25. O valor cobrado da distribuidora caiu de R$ 4,01 para R$ 3,82.
— É o mercado! — comentou o diretor-presidente da Rede Sim, Neco Argenta, se referindo à concorrência no setor e ao espaço que há, ou não, para elevar preços ao consumidor.
Mas e qual a tendência? Há duas pressões contrárias sobre o preço da gasolina e também do diesel no Brasil. A Petrobras importa os combustíveis e, portanto, a alta do dólar empurra valores para cima. Por outro lado, a guerra comercial entre China e Estados Unidos, além do aumento de produção, tende a puxar o preço do petróleo para baixo com a perspectiva de queda no consumo mundial. O câmbio e a cotação da commodity são os fatores observados pela estatal para definir os preços da gasolina e do diesel nas refinarias.