O gás de cozinha em botijões está ficando mais caro no Rio Grande do Sul, assim como em outros Estados. A confirmação é do Singasul, sindicato que representa tanto as distribuidoras quanto as revendedoras no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da entidade, Ronaldo Tonet, os reajustes de início de setembro já são tradicionais.
— Como é data base para revisão salarial dos funcionários das distribuidoras, elas elevam as tabelas de preços para os revendedores, que repassam para os consumidores. Todo o ano é a mesma coisa — afirma o empresário.
Segundo o Singasul, as tabelas estão com elevações de R$ 1,50 a R$ 2 no gás de cozinha em botijões. Alguns repasses já ocorreram para o consumidor, até mesmo porque houve outra elevação recentemente do preço de pauta no Rio Grande do Sul, que é o valor usado para cálculo do ICMS do gás.
— Nossa orientação para os revendedores é o repasse integral aos preços, pois a revenda já trabalha com baixa rentabilidade, tendo em vista o mercado extremamente concorrido — acrescenta Tonet.
No Rio Grande do Sul, o botijão de 13 quilos foi vendido em agosto de 2019, em média, por R$ 70,42, segundo a Agência Nacional do Petróleo. Já a média do país atingiu R$ 68,84 no mesmo período.
Subsídio
Em agosto, uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) pôs fim à política de subsídio na venda do gás de cozinha que vinha sendo praticada pela Petrobras. A medida se tornará permanente a partir de março de 2020. Com o fim da vantagem competitiva da estatal, o governo considera que concorrentes vão se mobilizar para importar o GLP (combustível do gás de cozinha).
Política de preços
Antes mesmo, no início de agosto, a Petrobras anunciou que revisou a política de preços do gás de cozinha, que passa a adotar como referência o preço de paridade de importação. Com a mudança, o valor para o botijão de 13 quilos tem o acréscimo dos custos de frete marítimo, transporte interno e uma margem para riscos da operação.
Outra mudança anunciada pela Petrobras é que os reajustes passaram a ser realizados sem periodicidade definida, como ocorre com a gasolina e o diesel, e terão como base as condições de mercado. Antes, o mecanismo de compensação previsto na política divulgada em janeiro de 2018 considerava a média móvel de cotações dos últimos 12 meses.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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