Dois postos de combustível da zona sul de Porto Alegre estão vendendo gasolina aditivada a R$ 3,99 nesta terça-feira (25). Os dois estabelecimentos ficam na Avenida Nonoai, próximo da Rua Cruz Alta. Há fila de motoristas no local, conforme verificou a reportagem de GaúchaZH no final da manhã.
O preço vale somente para pagamento em dinheiro ou no cartão de débito. O valor é bem abaixo do que está sendo cobrado pela gasolina nos outros postos de Porto Alegre. Abordado, o gerente de um dos estabelecimentos não quis se identificar nem detalhar a decisão de reduzir preços. Apenas falou para a reportagem:
— É livre concorrência. A gente coloca o preço que quiser.
O outro posto é o PetroBrasil, que foi inaugurado na semana passada. O preço baixo é promoção do momento, diz o gerente, Antônio Carlos Santos.
— Vai ficar esse preço enquanto tiver demanda. Inicialmente, somente hoje. É promoção de inauguração e vamos manter preços diferenciados — comentou Santos.
Na fila para abastecer, o consumidor Vinícius Santos, de 25 anos, disse que passou mais cedo pelo local e viu um valor. Mais tarde, encontrou o preço mais baixo.
— Fiz o retorno e abasteci.
Outro cliente, Luís Carlos Lima, de 48 anos, contou que já avisou os amigos:
— Eu nem ia abastecer, mas esse preço está muito bom. Já mandei nos grupos do WhatsApp.
Pesquisa ANP
O preço da gasolina comum vem caindo há seis semanas consecutivas no Rio Grande do Sul. A pesquisa da Agência Nacional do Petróleo apontou uma média de R$ 4,60, valor sete centavos abaixo da semana anterior. É o menor patamar desde março. Em Porto Alegre, o custo do litro manteve-se em R$ 4,54. Na semana anterior, tinha caído onze centavos.
A redução tem sido motivada pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e um arrefecimento na cotação do dólar. Esses fatores fizeram a Petrobras aplicar reduções fortes no preço da gasolina nas refinarias, mas interrompeu esses ajustes há alguns dias.
Há dois movimentos opostos ocorrendo no exterior que deixam difícil a tarefa de projetar a tendência para o preço do petróleo. A previsão de queda na demanda mundial pelo "ouro negro" segue forte, com a tensão entre Estados Unidos e China. Isso puxa o preço para baixo. Por outro lado, incidentes em importantes regiões petroleiras provocaram alta do petróleo. O último foi o Irã abater um drone dos Estados Unidos.