Sem lances de compradores interessados, diversos itens que pertenciam à Varig não foram vendidos no leilão realizado nessa quinta-feira (28). Na primeira tentativa, os lances começavam pelo valor de avaliação. Já na próxima quinta-feira (04), leva quem fizer a maior oferta, desde que acima de 50% do preço de avaliação, segundo a De Paula Leilões. Já abertas, as ofertas podem ser feitas presencialmente e também pela internet.
Os lotes incluem de louças que eram usadas para servir comida até imóveis da companhia aérea, que faliu no início da década. Entre os artigos mais curiosos, estão carrinhos para servir refeições e simuladores de voos, além de obras de arte.
Os lances agora partem de R$ 50 em vez dos R$ 100 de ontem, que é o preço inicial para uma obra de arte chamada Pássaro Dourado, do artista Claudio Gilberto Silva. O preço máximo, por sua vez, caiu de R$ 6,736 milhões para R$ 3,368 milhões, valor inicial para um imóvel da Varig com pavilhão que fica em Pernambuco.
Um dos itens que mais chamou a atenção no leilão é chamado de "mock-up". São equipamentos construídos e desenvolvidos pela companhia aérea em 1988, instalados dentro de um dos hangares do Aeroporto de Congonhas. Os simuladores de voos eram usados para treinamento de comissários. O lance inicial de um deles caiu de R$ 180 mil para R$ 90 mil. Já o do outro, foi reduzido de R$ 200 mil para R$ 100 mil.
Tradicional companhia aérea nascida no Rio Grande do Sul em 1927, a Varig teve falência decretada em 2010. Desde então, são realizados leilões periódicos para arrecadar recursos financeiros e pagar dívidas da massa falida. Entre os credores, há acionistas e ex-funcionários.