A notícia da possibilidade da renovação automática do contrato de Thiago Neves com o Grêmio chama a atenção, pois o jogador não está tendo um bom desempenho em campo. O acordo prevê que se o meia for relacionado em 20 partidas desta temporada, o seu vínculo será prorrogado até o final de 2021.
Até agora, Thiago assinou a súmula em 17 jogos — portanto, faltam apenas três para a renovação automática. O que chama a atenção é que a cláusula não prevê a necessidade de o atleta ser titular.
O que acontece é que esta medida é utilizada algumas vezes pelos clubes. Para não fazer um contrato longo, se usa esta estratégia. Só que o contrato precisa de um número de partidas, pois não é uma questão de avaliação positiva ou negativa. Das 17 vezes em que assinou a súmula, Thiago Neves foi aproveitado em 14 jogos.
A lógica é que o jogador só será relacionado para um jogo se estiver bem. Para Renato Portaluppi, o meia precisa de ritmo para recuperar a forma.
Neste caso, fica claro que o contrato com previsão de renovação automática não foi a melhor saída. Thiago Neves recebe R$ 380 mil mensais. Se a cláusula for ativada, ele terá direito a um valor de luvas, de maneira parcelada, que elevará os seus rendimentos para cerca de R$ 580 mil por mês. No total, isto poderá representar um custo extra de quase de R$ 7 milhões.
Se o Grêmio não quiser ficar com o atleta, restam duas saídas. A primeira é não aproveitar mais o jogador, o que não deverá acontecer. E a segunda é tentar um acordo para modificar o que foi acertado. Mas aí vai depender da boa vontade do jogador.