Aos 30 anos, o meia-atacante gaúcho Pedro Henrique está iniciando mais uma temporada na Turquia, atuando no Kayserispor, onde está desde 2019. A experiência de Europa começou em 2012, quando foi vendido pelo Caxias para o FC Zurich, da Suíça. No futebol europeu, acumulou passagens bem-sucedidas por Rennes (França), PAOK (Grécia), Quarabag (Azerbaijão) e Astana (Cazaquistão).
A curiosidade é que o Kayserispor tem uma mulher no comando. Berna Gozbasi assumiu a presidência do clube no final de em 2019, e vem fazendo um trabalho muito elogiado. Na Turquia, o gaúcho terá neste ano a oportunidade de enfrentar o centroavante André, que foi contratado pelo Gaziantep após a saída do Grêmio.
Na segunda-feira (28), conversei com Pedro Henrique. Confira como foi o bate-papo:
Como está sendo o início do campeonato turco?
Nesta temporada, a expectativa é um pouco diferente. Já deixaram claro que não teremos público no primeiro turno. Estamos esperando que as coisas melhorem e voltem ao normal, não só no futebol. No ano passado, tivemos muitos problemas com o presidente anterior, mas agora chegou uma pessoa muito profissional, a presidenta Berna Gozbasi, ela arrumou a casa e trouxe nova comissão técnica e novos jogadores. Na temporada passada marquei 10 gols, espero agora fazer o mesmo ou um pouco mais.
A sua trajetória na Europa inclui passagens por Suíça, França, Grécia, Azerbaijão, Cazaquitão e agora a Turquia. Quando saiu do Caxias, imaginava tanto tempo de Europa
Quando me profissionalizei no Caxias, aquela nossa safra com Edenilson, Gerley e Itaqui, com grandes treinadores, e destaco o Lisca que me lançou, eu tinha a ideia de ir para clubes brasileiros. Mas tive a grata surpresa de ser negociado muito cedo com o futebol europeu e consegui fazer a minha trajetória. Na França, joguei um campeonato muito forte, tive experiência jogando Liga Europa, e no Qarabag, do Azerbaijão, joguei a Liga dos Campeões. Foram momentos especiais. No PAOK, da Grécia, conquistei títulos em um clube de muita torcida. E aqui na Turquia os torcedores também são muito apaixonados, não só os grandes da capital, mas em todo o país.
Recentemente o Coritiba manifestou interesse na sua contratação. Em algum momento você esteve perto do retorno?
Surgiram algumas situações, especialmente depois da minha passagem pela França. E foram bons convites. Mas como estava sempre em uma boa situação, e com um certo destaque, ficou difícil. Claro que por ter saído cedo, e saber da grandeza da dupla Gre-Nal e de outros clubes brasileiros, não nego que pensei nesta possibilidade. Mas estou realizado e feliz por tudo que estou fazendo aqui.
O centroavante André, ex-Grêmio, acabou de ser contratado pelo Gaziantep. Como ele está aí?
O último amistoso antes de começar o campeonato foi contra a equipe dele, mas não pude atuar porque estava lesionado. Ele começou bem por aqui. Marcou gol e está em uma equipe organizada, que no ano passado fez boa campanha e é muito bem treinada por um romeno. Foi uma boa escolha dele.