Após o empate do Inter contra o Esportivo, o técnico Eduardo Coudet e o vice de futebol Alessandro Barcellos fizeram duras críticas ao gramado da Montanha dos Vinhedos. Coudet chegou a dizer que o clube "terá de procurar outro técnico se tiver que jogar em campos como esse".
A reclamação não é um recado para o Esportivo. A "bronca" do Inter é pelo veto dos jogos em Porto Alegre e a impossibilidade de jogar no Beira-Rio. O estilo de jogo de Coudet prioriza a posse de bola e a troca de passes e para isso é necessário um gramado de qualidade.
A preocupação é com o restante do Gauchão, e também porque o Campeonato Brasileiro está marcado para começar em agosto, e não existe uma previsão da liberação dos jogos no Beira-Rio. Sem alternativas de gramados de qualidade em cidades com futebol liberado no interior, a situação é complicada.
As críticas do clube, incluindo as cobranças de D'Alessandro ao presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, escancaram um enorme descontentamento com prefeitura e FGF. O presidente Marcelo Medeiros já chegou a qualificar a decisão do comitê de enfrentamento ao coronavírus como "equivocada, arbitrária, desrespeitosa, incoerente e inconsequente".
O ambiente é tenso e não existe perspectiva de uma solução.