A possibilidade da volta do futebol em meio a pandemia do coronavírus está dividindo opiniões. E, mais do que isso, provocando uma queda de braço entre autoridades políticas e do futebol. O governo federal quer a retomada das competições. O presidente Jair Bolsonaro está deixando isso claro nas suas manifestações. A posição do governo prevê a volta do futebol.
Já a CBF também quer ver a bola rolando. Com todo o cuidado, com portões fechados e com protocolos médicos rígidos. Por isso, na reunião de terça-feira (28) sugeriu a volta dos campeonatos estaduais para o dia 17 de maio.
As federações têm posições diferentes. No caso do Rio Grande do Sul, a ideia é pelo retorno. Por isso, preparou um relatório detalhado com medidas que estão previstas para minimizar o risco de transmissão do coronavírus durante os jogos. A entidade está disposta a bancar os testes para os clubes do interior.
Os clubes também discutem o que poderá acontecer. Na dupla Gre-Nal, está claro que os dirigentes entendem que não há a menor condição de pensar em volta de competições como Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Mas a situação do Gauchão poderá ser analisada, desde que com garantias de segurança para os profissionais do futebol. Entre os jogadores, muitos manifestam internamente para os dirigentes um certo receio com a disputa dos jogos.
Do outro lado, estão os governos estaduais. Em Santa Catarina, não haverá permissão para a volta do campeonato. Em São Paulo, por enquanto a posição é de restrição. Por aqui, o governador Eduardo Leite disse que “eventos que geram aglomerações só podem voltar no pós-pandemia”. No entanto, ele admite que os jogos poderão acontecer com portões fechados. Esta questão será discutida com a Federação Gaúcha de Futebol em uma reunião na próxima terça-feira (5).
Aí está a queda de braço. Para o futebol voltar, será preciso convencer os governos estaduais.