Phelipe Megiolaro abre 2020 novamente vivendo a rotina da seleção brasileira — exatamente como em 2019, quando foi titular do time sub-20 no Sul-Americano do Chile. Desta vez, em um patamar acima, está na Granja Comary para a preparação do Pré-Olímpico da Colômbia, que será disputado entre 18 de janeiro e 9 de fevereiro, valendo duas vagas para a Olimpíada de Tóquio.
A disputa pela titularidade no gol será com dois goleiros com uma experiência maior. Cleiton, 22 anos, foi titular do Atlético-MG em boa parte do Campeonato Brasileiro. Ivan, 22 anos, disputou toda a Série B pela Ponte Preta.
Megiolaro é mais novo, tem 20 anos, mas está em alta na CBF. Taffarel, preparador de goleiros da Seleção principal, já fez vários elogios ao goleiro do Grêmio. No final de semana, a coluna conversou com Rogério Maia, preparador do time sub-23 e que tem experiência de sobra em seleção — inclusive estava na comissão técnica que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de 2016.
Para Maia, a disputa no gol está aberta. Dois amistosos serão realizados, contra Boavista e Portuguesa, antes da estreia no dia 19 de janeiro, na cidade de Armenia, contra o Peru. Confira como foi a entrevista:
O que é possível falar sobre os três goleiros convocados?
Os três estavam sendo monitorados. O Cleiton jogou mais de 25 jogos no Campeonato Brasileiro, o Ivan disputou o Paulista, Copa do Brasil e a Série B. O Phelipe esteve no Sul-Americano Sub-20 do ano passado, tem experiência de seleção. O fato de ter jogado estas últimas partidas pelo Grêmio contou muito. São jovens, mas com experiência, inclusive já estiveram com o Taffarel treinando com a Seleção principal.
O Taffarel, em uma entrevista recente, disse que o Phelipe tem muita personalidade e uma técnica apurada. O que é possível acrescentar?
Ele tem muita velocidade, é ágil e tem uma tomada de decisão muito boa. O Phelipe também sabe jogar com os pés, e isso hoje em dia é muito importante.
O Cleiton e o Ivan, que jogaram mais nas suas equipes, levam algum tipo de vantagem? E como o Phelipe voltará ao Grêmio em fevereiro?
São quase 20 dias de preparação, todos têm muita qualidade. O importante é ver como eles estarão tecnicamente e também emocionalmente. Queremos observar bem nos amistosos contra o Boavista e a Portuguesa. Os três estão muito bem. Sobre a volta aos clubes, esta competição é uma grande experiência profissional. Quando eles voltarem, chegarão preparados e treinados. Vamos fazer isso na Colômbia.
O que tem que ser avaliado na hora de lançar um goleiro?
No Inter, o caso do Alisson foi interessante. Ele teve algumas chances em 2013 com o Dunga. Nas primeiras oportunidades, já deu sinais de que poderia ser titular. Além disso, todos do clube falavam bem dele. O Daniel Pavan, que é preparador de goleiros, o Dorival Júnior, que tinha trabalhado um ano antes no clube. Vários profissionais já estavam observando. Então, é isso, algumas vezes a oportunidade surge. E quando aparece, é preciso esta sensibilidade para saber que é a hora.