A imagem de Renato jogando futevôlei na praia e tomando o seu chope no Rio de Janeiro veio à cabeça de muitas pessoas quando se falou na proposta do Flamengo. Natural, já que o o próprio técnico fala com frequência neste assunto e das dificuldades da sua vida pessoal em Porto Alegre.
Mas podem acreditar, estas questões não tiveram influência na sua decisão. Renato hoje é um profissional obcecado pelo trabalho. Perfeccionista, cuida de tudo nos mínimos detalhes. É o primeiro a chegar e o último a sair. Nada escapa do seu controle. Questões táticas, domínio do vestiário, parte psicológica dos atletas, áreas médicas e de fisioterapia. Tudo. Absolutamente tudo tem a sua mão.
No que ele não é especialista, ouve com atenção, divide decisões e pede opiniões. Mas tudo tem o seu envolvimento. Esta rápida descrição do estilo de Renato explica porque decidiu ficar. Para ele, hoje em primeiro lugar está o trabalho. E depois vem o lazer. E o trabalho está em Porto Alegre. Renato quer trabalhar, quer mais títulos e no futuro tem o objetivo de treinar a Seleção Brasileira. Também pelos motivos acima, é o melhor técnico em atividade no país. Ele não vence só pelo talento, mas também porque trabalha. E muito.
As propostas de Rodolfo Landim e Ricardo Lomba, candidatos à presidência do Flamengo, foram atraentes. O técnico ouviu tudo com muita atenção. E a resposta definitiva demorou um pouco justamente pelas razões colocadas aqui. Renato queria todos os elementos necessários para tomar a melhor decisão. Queria o cenário completo, conhecendo todos os projetos de trabalho e as pessoas com quem terá que lidar em 2019.
E não esqueçam que em meio a tudo isso, ainda tinham as partidas da reta final do Campeonato Brasileiro. Portanto, depois de ouvir tudo, analisar as propostas e projetos, tomou a decisão.
O futevôlei e o chope ficam para as férias. Em janeiro, Renato estará de novo mergulhado no trabalho. Mas antes disso, merece o justo reconhecimento do torcedor do Grêmio neste domingo na Arena.