A vitória por 2 a 1 do Inter contra o Juventude teve dois pênaltis marcados. Considero que o catarinense Gustavo Bauermann teve um acerto e um erro, mas acima de tudo teve sorte e isso é fundamental para qualquer árbitro.
Digo isso porque o pênalti marcado corretamente resultou em gol. Já a penalidade que entendo que foi mal marcada acabou sendo desperdiçada. A sorte entra no esvaziamento de uma discussão sobre um lance que não teve qualquer impacto no placar, ainda que tenha sido um erro de arbitragem.
A penalidade cobrada por Valencia e defendida por Gabriel teve origem em uma disputa de Tabata e Inocêncio. O jogador do Inter recebeu passe em profundidade pelo lado esquerdo e teve uma disputa de corpo com o adversário. A bola se perde pela linha de fundo e os dois desabam no gramado. O pênalti foi apitado no campo.
Mesmo considerando que a disputa entre os dois não justifica uma infração é preciso dizer que houve um contato. Isso torna compreensível a falta de interferência do VAR. Respeitar a decisão do campo em lance interpretativo faz parte da orientação da CBF, ainda que nem sempre seja cumprida.
O outro pênalti marcado no jogo veio de uma finalização que acabou sendo desviada por Alan Ruschel dentro da área. O problema é que isso aconteceu com o braço aberto. Pênalti claro. Acerto da arbitragem em um lance que interferiu no placar e representou o gol da vitória colorada.