
O desafio que o Rio Grande do Sul tem pela frente não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. A frase não é minha. Ela já foi repetida inúmeras vezes por diversas pessoas desde que a maior tragédia climática da história do Estado teve início. De fato, a analogia é pertinente e pode trazer outros aspectos da corrida de rua para serem relacionados com o percurso da reconstrução que teremos pela frente.
Quem corre longas distâncias sempre diz que mais importante do que ser rápido é ser constante. O Rio Grande do Sul precisará ser constante, especialmente nas situações que não permitem soluções relâmpago.
As doações, o voluntariado, o envolvimento com as comunidades, o apoio aos negócios gaúchos e tantas outras iniciativas precisarão ter um olhar de muito carinho por muito tempo.
É claro que o poder público terá papel fundamental de colocar em prática as soluções prometidas e saber que as ações precisam superar qualquer divergência ideológica ou partidária. O espírito precisa ser esse porque uma longa reconstrução exige trabalho permanente das autoridades.
Outro aspecto muito importante para quem corre longas distâncias é sempre correr olhando para frente. Se o que ficou para trás não foi bem feito ou trouxe dificuldades, o aprendizado precisa obrigatoriamente indicar caminhos para que o horizonte possa ser melhor enfrentado.
Quero dizer que o Rio Grande do Sul precisa, em todos os níveis, tirar lições do que aconteceu para que a reconstrução seja efetiva e os gaúchos não precisem sofrer novamente os problemas enfrentados.
O caminho não será fácil e será longo, mas tenho certeza de que o Rio Grande do Sul terá forças para percorrer o caminho da reconstrução. Precisamos correr essa maratona olhando para frente.
Pra cima, Rio Grande!