O Grêmio protestou um pênalti no empate em 1 a 1 contra o Bahia pela Copa do Brasil. O lance ocorreu aos 21 minutos do segundo tempo. Bitello cobrou escanteio, Bruno Uvini desviou de cabeça e a bola bateu no braço de Rezende dentro da área. O árbitro Ramon Abatti Abel mandou o jogo seguir e VAR não interferiu. A decisão gerou polêmica depois da partida.
Analisando o lance, considero que a decisão da arbitragem foi correta. A infração não ocorreu porque Rezende estava claramente em uma ação de disputa e não em uma ação de bloqueio. O volante do Bahia salta para tentar o cabeceio, estende o braço e estabelece um contato com Bruno Uvini. O jogador do Grêmio cabeceia na direção do braço do adversário, que estava muito próximo da bola.
É claro que esse tipo de lance sempre causará intenso debate por se tratar de uma decisão interpretativa, conforme estabelece a regra 12, sobre mão na bola:
"Tocar na bola com sua mão ou seu braço quando estes ampliarem o corpo do jogador de maneira antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural quando a posição de sua mão ou seu braço não for consequência do movimento do corpo nessa ação específica ou não puder ser justificada por esse movimento. Ao colocar a mão ou o braço nessa posição, o jogador assume o risco de que a bola acerte essa parte de seu corpo e de que isso constitua uma infração"
Esse foi o único lance polêmico da partida apitada por Ramon Abatti Abel, que é árbitro Fifa de Santa Catarina. O VAR do confronto foi o paranaense Rodolpho Toski Marques.