Quem viu o lance do pênalti cometido por Guilherme Amorim em Diego Churín concordará que a infração aconteceu. O jogador do Ypiranga atingiu somente o pé do centroavante do Grêmio. A penalidade foi indiscutível e o VAR foi preciso ao solicitar a revisão do árbitro Anderson Daronco. No entanto, houve um fato que passou despercebido pelo recurso eletrônico neste mesmo lance da primeira partida da decisão do Gauchão.
O árbitro de vídeo Bráulio da Silva Machado errou ao ignorar um detalhe ocorrido no princípio da jogada. Falo do momento em que Rodrigues obteve a posse de bola depois de disputar com Cesinha. O jogador gremista utilizou o braço e fez uma carga no ombro do adversário para ganhar a frente da jogada.
A imagem não foi mostrada na transmissão e não foi selecionada pelo VAR para que a arbitragem de campo pudesse analisar se houve ou não a falta. O vídeo circulou nas redes sociais depois da partida e a impressão no ângulo apresentado é de que a falta aconteceu.
Acredito que o árbitro de vídeo deveria ter oferecido o lance para que o juiz principal pudesse tirar as próprias conclusões. Revisões desse tipo são parte do protocolo por se tratar de uma possível infração que está dentro da fase ofensiva da jogada.
Talvez Daronco mantivesse a decisão do campo se tivesse a oportunidade de olhar a disputa no vídeo. Poderia até entender que o contato não foi o suficiente para justificar a infração.
Entretanto, a impressão passada pelo lance é suficiente para suscitar a dúvida de que um erro importante poderia estar sendo cometido. Por isso, o VAR deveria ter mostrado a imagem para o juiz principal. Ele está ali para isso.