Não foi por falta de pênaltis que Grêmio e Fortaleza terminar o jogo válido pelo Brasileirão sem marcar gols. Houve um para cada lado, mas a noite era dos goleiros que acabaram assegurando o placar fechado. Outra coisa que precisa ser destacada é que no trabalho em equipe os árbitros de campo e de vídeo, as decisões finais na marcação das infrações foram corretas.
O único reparo que poderia ser feito no trabalho da arbitragem diz respeito a uma interferência desnecessária do VAR. O árbitro de vídeo Péricles Bassols Cortez chamou o árbitro Marcelo de Lima Henrique para revisar no monitor o lance do pênalti para o Fortaleza que terminou com a expulsão de Kannemann. Foi um erro essa interferência.
O lance foi dentro da área e não há necessidade de que o juiz revise uma situação como essa no vídeo. Além disso, o zagueiro gremista não teve qualquer chance de disputar a bola. A infração foi por agarrar o adversário com o braço. Houve um erro no procedimento, pois o correto seria simplesmente deixar valer a decisão do campo.
A boa notícia é que Marcelo de Lima Henrique foi ao monitor para ver a jogada e manteve tudo como já estava. Ou seja, a interferência não teve impacto pratico.
Por outro lado, o grande acerto do VAR foi a interferência na marcação do pênalti para o Grêmio. Marcelo não viu a infração no campo e foi corretamente alertado por Bassols para olhar a jogada no monitor. Osvalto deu um tapa na bola dentro da área com o braço na altura da cabeça. O pênalti foi bem marcado e o trabalho do VAR foi decisivo.
O resumo de tudo, apesar do reparo no procedimento do VAR no primeiro pênalti, foi de um bom trabalho do juiz e um jogo com placar legítimo. Só não foi a noite da arbitragem na Arena porque os goleiros estavam mais inspirados do que a turma do apito.