O gol marcado por Maicon na vitória por 2 a 1 do Grêmio contra o Goiás teria sido anulado se não fosse a interferência do VAR. O assistente Johnny Barros de Oliveira sinalizou impedimento inexistente de Luiz Fernando na origem da jogada.
O lance foi extremamente ajustado. Típica situação em que não seria possível condenar o equívoco do bandeira se o recurso eletrônico não estivesse à disposição. Aliás, isso era muito comum antes da chegada do VAR. Foram muitos e muitos gols mal anulados na história do futebol.
É claro que o árbitro de vídeo ainda precisa evoluir. Só que acertos como o ocorrido na Arena do Grêmio, nesta segunda-feira (30), em jogo atrasado da 6ª rodada do Brasileirão, são a prova de que o VAR veio para ficar e é perda de tempo brigar com essa realidade.
Tão logo o Tricolor teve o gol validado e abriu a vantagem de 2 a 0, o Goiás descontou na partida. Não sabemos o que aconteceria, mas a história do jogo poderia ter sido outra se o árbitro de vídeo não estivesse à disposição.
Isso não quer dizer que o VAR esteja atingindo a perfeição. Sempre falo que não se trata de uma ferramenta sem defeitos. Só que ao mesmo tempo ela não pode ser destruída a cada polêmica ou quando ocorre um lance interpretativo.
É preciso achar o equilíbrio, sobretudo no que diz respeito ao critério de interferência. Quando é pontual, o VAR é determinante.
O VAR é como um seguro de um carro. A gente paga para não usar. Mesmo quando tempos seguro continuamos dirigindo com cuidado. Esse é o papel do árbitro: guiar os jogos como se não existisse o VAR. Além disso, seguindo nessa analogia, não acionamos o seguro do carro para um simples arranhão na porta, pois talvez o preço para arrumar um problema pequeno seja 20% do valor da franquia.
É isso que precisa acontecer. O dia em que a arbitragem entender quanto custa a "franquia" para usar o VAR e parar de gastar o recurso com pequenos arranhões, o futebol estará ganhando tempo e dinheiro.