O VAR é utilizado não só durante o tempo normal. O recurso eletrônico também consultado em possíveis irregularidades durante a decisão por pênaltis. Na eliminação do Inter contra o América-MG, nessa quarta-feira (18), pelas quartas de final da Copa do Brasil, os responsáveis pelo vídeo estavam de olho em tudo. E só não precisaram interferir por conta de uma mudança que entrou em vigor nas regras do futebol em 2020.
Isso porque Matheus Cavichioli se adiantou no pênalti cobrado por Galhardo. No momento que o atacante toca na bola, o goleiro do América-MG já havia avançado com os dois pés à frente da linha de meta.
Como o chute foi para fora, a cobrança é considerada válida e o VAR não deve interferir, mas há uma condição para isso.
A mudança na regra diz que o pênalti só deve ser repetido em dois casos. O primeiro e óbvio é quando o goleiro defende a cobrança. O segundo é quando o batedor tiver sofrido clara interferência do adiantamento do goleiro. Esse não foi o caso no pênalti mal batido por Galhardo.
Convenhamos que não seria justo punir o goleiro quando um pênalti é chutado para fora, nos postes ou no travessão. Nesses casos, geralmente não há nenhum prejuízo para o batedor. A não ser que o goleiro faça algo escandaloso dando passos largos e tenha efetivo impacto no cobrador. Do contrário, segue o jogo.
Aproveito esse lance que chamou atenção na partida disputada na Arena Independência para fazer o alerta para uma alteração importante nas regras e que nem sempre é percebida na prática.