Um lance gerou muita reclamação pênalti por parte dos jogadores do Grêmio na derrota por 3 a 1 contra o Atlético-MG, sábado (26), no Mineirão, pela 12ª rodada do Brasileirão. Aos 39 minutos do primeiro tempo, houve um choque do lateral-direito Guga com o atacante Pepê dentro da área.
O VAR não interferiu na decisão do árbitro Caio Max Augusto Vieira, que mandou o jogo seguir.
Recebi muitos questionamentos sobre qual deve ser o papel do árbitro de vídeo neste tipo de situação, sobretudo estabelecendo um comparativo com o pênalti cometido por Rodinei no jogo do Inter contra o Bahia.
O primeiro ponto importante é estabelecer a diferença entre os dois lances. O que envolve Guga e Pepê é acidental. Os dois jogadores estão correndo na mesma direção e Guga está olhando para a bola. A trombada não caracteriza a infração.
Neste tipo de caso, dificilmente o VAR recomendará uma revisão e deixará o jogo seguir. O contrário só deve ocorrer caso o lance tenha escapado do campo de visão do juiz principal.
No lance de Rodinei, o árbitro não viu no campo e, além disso, o lateral colorado visou o adversário e fez a carga de forma proposital. São dois fatos importantes que colocam as duas jogadas em interpretações opostas e impactam diretamente na forma como o VAR deve proceder.