A inexperiência do venezuelano Ángel Arteaga se refletiu na notável falta de critério na condução da arbitragem na vitória por 3 a 0 do Inter contra a Universidad Católica, nesta terça-feira (3), no Beira-Rio, pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. O jovem juiz de 33 anos foi confuso na aplicação dos amarelos no primeiro tempo e errou em uma expulsão na etapa complementar.
A atuação durante os primeiros 45 minutos foi ruim no controle da partida. O jogo foi ficando arrastado com a insistência de faltas cometidas pelo time chileno. Faltaram cartões, o mais claro no último lance. Boschilia foi agarrado pela cintura e puxado para ser retirado da possibilidade de alcançar a bola. Só que o juiz preferiu encerrar a etapa inicial sem mostrar a advertência para Munder.
Também não entendi o critério na expulsão de Huerta no segundo tempo. O árbitro mostrou vermelho direito por entender que o jogador da Universidad Católica evitou uma chance clara e imediata de marcar um gol. O detalhe é que Thiago Galhardo claramente não tinha a frente da jogada e nem o controle da bola. Isso transforma a jogada em ataque promissor e gera a necessidade de aplicação de amarelo.
Além disso, considero a possibilidade de abrirmos a discussão sobre a existência da falta ou não da jogada. Até porque Huerta chega utilizando o corpo na disputa com o jogador colorado de uma forma bem semelhante ao que Cuesta havia feito em lance muito parecido do outro lado. Mais uma vez faltou critério.
Essa foi apenas a segunda partida de Libertadores na carreira de Arteaga. Importante dizer que, mesmo com a falta de critério, o juiz não teve desempenho determinante no resultado.