O VAR não conseguiu ajudar a arbitragem na derrota por 2 a 1 do Inter contra o Goiás, neste domingo (25), no Serra Dourada, pela 16ª rodada do Brasileirão. Responsável pelo recurso eletrônico, o paulista Vinicius Gonçalves Dias Araújo teve critério confuso no primeiro tempo e um erro importante de avaliação na etapa complementar. Com isso, o árbitro baiano Marielson Alves Silva teve uma atuação ruim nas decisões disciplinares.
A primeira questão capital está na expulsão do volante Léo Sena, aos 17 minutos da etapa inicial. A entrada do jogador do Goiás em Rithely não justificou um cartão vermelho direto. Ao menos a imagem reproduzida pela transmissão da televisão não mostra nada que possa respaldar a decisão. Sena realmente chega atrasado, mas dobra e recolhe a perna quando percebe que errou o bote para evitar um pisão que possa colocar em risco a integridade do adversário. Não se trata de um lance maldoso e não considero que a interferência do VAR possa ser enquadrada como uma ação para salvar o juiz de cometer um erro claro. Essa não é uma interferência com a régua elevada, conforme deseja a CBF.
Prova disso é que, aos oito minutos do primeiro tempo, houve um pisão de Marcelo Hermes em Rithely em que a arbitragem sequer marcou falta. O detalhe é que a entrada do lateral foi de maior intensidade do que a de Léo Sena. Não há como entender o critério do VAR, que não deveria ter se metido nos dois lances, mas acabou interferindo no de menor gravidade. Esse foi o primeiro erro do árbitro de vídeo no jogo.
O segundo equívoco ocorreu aos 27 minutos do segundo tempo. Wellington Silva foi agredido no rosto pelo atacante Kayke. Com o jogo parado e sem disputa de bola, o jogador do Goiás simplesmente deu um golpe com o antebraço para atingir o adversário. A conduta violenta não foi percebida pelo árbitro Marielson Alves Silva e foi ignorada pelo VAR, que avaliou mal.
Embora as decisões técnicas tenham sido acertadas ao longo do jogo, a condução disciplinar ficou devendo. O VAR não ajudou e o o árbitro baiano não se ajudou.
