Com a chegada do VAR, o trabalho dos bandeiras foi bastante impactado. Eles passaram a esperar o desfecho de jogadas para sinalizar situações de impedimento que antes eram marcadas na hora. O motivo é não interromper ataques perigosos com possíveis erros que causem impacto decisivo no resultado das partidas. Foi isso que ocorreu no lance de gol anulado de Tréllez na derrota por 1 a 0 do Inter contra o Atlhetico-PR, neste domingo (14), na Arena da Baixada, pela 10ª rodada do Brasileirão. Quer dizer, foi quase isso.
A orientação é para que os bandeiras esperem o desfecho quando a jogada é bastante ajustada e há a possibilidade de marcação de um gol. O grande detalhe é que a posição de Tréllez não era tão difícil de perceber assim. Não fiz a medição, mas a imagem da televisão dava a impressão de que o centroavante estava quase três metros à frente. Esse não parece o exemplo em que o árbitro assistente precisaria deixar seguir para marcar só depois. Ainda mais um bandeira do quadro da Fifa, como Kléber Lúcio Gil.
Sei que muitas vezes o que a imagem da TV mostra não retrata nem de perto a percepção de dentro de campo. O que parece um metro no campo se transforma em uma distância bem inferior no vídeo. Ainda sobre isso, é importante dizer que é melhor uma decisão cautelosa e acertada do que uma ação precipitada e equivocada. A única preocupação que tenho é que o VAR não pode tirar a autonomia de decisão para situações claras de campo. Fica o alerta.