O problema da arbitragem brasileira é o critério. Nos quatro lances alegados pelo Grêmio contra o Atlético-MG, o único que considero erro é a sola da chuteira procurando algo para "grampear" em Pepê.
De ex-árbitros, sempre ouvi essa gíria. Se mostrou documentos, indo com as travas da chuteira e assumindo o risco de furar o adversário — daí o termo "grampear" —, tem de ir para a rua.
O volante Fausto Vera era um dos melhores do Galo. Mudaria o cenário da partida. Os outros lances só se transformam em polêmica pela interpretação, na comparação com outros jogos. Esse é o ponto.
Tudo bem que são outros árbitros e outras cabines do VAR debatendo, na pressão pela rapidez, mas a regra está sendo lida de maneiras brutalmente diferentes aqui e acolá, rodada a rodada.
O técnico do Grêmio tem razão no todo, embora no amiúde haja muito de cortina de fumaça e até de Gre-Nal. Não tem santinho nessa eterna prática de reclamar contra e silenciar a favor, destruindo a tese de lutar por justiça.
O exemplo é bom por ser de fácil compreensão. Contra o Fluminense, o Vasco ganha com Vegetti ajeitando a bola com a mão dentro da área para fazer o gol. Intencional? Talvez não, mas muito menos a mão de Braithwaite.
O braço não está aberto tipo boneco de posto, mas em movimento natural. Se não pode mão, com ou sem intenção, em lances que resultam em gol, não tem cabimento o de Vegetti valer e o de Braithwaite não.
Nesse tipo de lance, não poderia haver dúvida no VAR, no bar ou na ONU. Olhando o todo, é uma confusão mesmo, como disse Renato.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.