A vitória era o mais importante. Inimigo direto. O Vitória é péssimo, sim, mas também está no Z-4. Imagine se o Grêmio não faz esse 2 a 0? A notícia boa é que do Centenário sai alguma esperança para o futuro imediato: um centroavante. O uruguaio Arezo entrou aos 25 minutos do segundo tempo e soube fazer a diferença mesmo sem ritmo. É nele o pênalti convertido por Reinaldo, nos acréscimos.
Logo na estreia, mesmo no gramado ruim do Centenário, Arezo ganhou no alto de cabeça, dando aquela casquinha, fez pivô e sofreu pênalti após giro de alto qualidade. O Tricolor foi melhor que o Vitória o tempo todo.
Não é muito, claro, pela pouca qualidade do adversário, mas ao menos não foi um triunfo por acaso, aleatório, no finzinho. Nem aquela normal pressão no final, quando se está com 1 a 0 a favor, o Grêmio sofreu.
Renato repetiu a ideia do bom segundo tempo contra o São Paulo, insuficiente apenas para compensar o primeiro do Morumbi, naquela derrota por 1 a 0 de larva e borboleta antes e depois do intervalo. Com Pescador de falso 9 no lugar de Galdino e Carballo no de Pepê, o Grêmio criou chances claras.
Só não fez o gol por falha individuais na cara do gol, casos de Pavon e Edenilson. Pescador fez bom jogo, abrindo espaço para quem vinha de trás. Carballo, até cansar, qualificou o passe. Lá atrás, zero risco.
O gol salvador veio neste modelo tático. Que não é o ideal, sem nenhum dúvida, mas era coerente com a última imagem do Morumbi.
Arezo já aquecia, ao lado de Gustavo Nunes, quando Soteldo abriu o placar. Mesmo assim, Renato as manteve. Acrescentou Dodi, para reforçar o meio. Então, a melhor notícia.
Com o 9 clássico, como era com Diego Costa, melhorou muito. O uruguaio faria o gol se não sofresse o pênalti. Já tinha finalizado (dominou e bateu de primeira) minutos antes. Recuou e reteve a bola. Prendeu zagueiros.
Em 20 minutos, Arezo fez o que se cobra de um 9. O Grêmio é um time acostumado a jogar com centroavante.
Houve brilho coletivo? Não. Nem perto disso. O Grêmio sequer saiu do Z-4 e seguirá desfalcado, mas ao menos ganhou um centroavante. Agora Renato só improvisará Galdino ou Pescador como 9 se quiser.