Foi a vitória de um time organizado, o Juventude de Roger Machado, contra outro atrapalhado e que erra os menos erros, no caso o Inter de Coudet. O Juventude mereceu. Finalizou mais no alvo. Perdeu muitos gols no segundo tempo, inclusive um pênalti.
Eu já disse várias vezes. O fato de o Inter tomar gol nos acréscimos não é acaso. Sua ideia de construção ofensiva não aconteceu. Não conseguiu implementá-la com estabilidade e regularidade em nenhum momento, salvo alguns jogos de Gauchão. Na saída de bola, passes curtos por dentro apesar dos fracassos repetidos, sem encontrar uma solução.
Esse gol no finzinho feito pelo Juventude vinha acontecendo com frequência contra o Inter. Não é azar. O Inter achou o empate, através de Valencia. Pelo que mostrava o jogo, escapando de goleada, o empate estava de bom tamanho. Ao menos iria para Caxias do Sul sem desvantagem.
Mas não. Atirou-se à frente, já sem Wesley e Wanderson. Correu para atrás. Abriu-se. Perdeu de novo. Escancarou o contra-ataque. Por que Wesley e Wanderson saíram, se a ideia era vencer? O Inter joga pouco para quem contratou tantos bons jogadores. Quando topou com adversários melhores, sucumbiu. Ganhou o Gre-Nal, sim, mas aonde está o Grêmio?
Foi por tudo isso que Eduardo Coudet caiu. A derrota no Gauchão e o atraso na Sul-Americana são anteriores à enchente, que de fato prejudicou a parte física e mental.
— Time que quer ganhar tem de começar não tomando gol — disse o presidente Alessandro Barcellos, dando sinais do perfil de técnico buscado a partir de agora, após salientar a crescente redução no número de finalizações com Coudet.