Foi uma pena para o esforço dos 30 mil torcedores que foram à Curitiba apoiar o Grêmio em busca do primeiro lugar no Grupo C da Libertadores. A ideia era escapar do Fluminense nas oitavas. Mas não deu, mesmo contra um Estudiantes sem nada a fazer.
O empate frustrante em 1 a 1 tirou a chance de decidir contra o Peñarol, talvez com o segundo jogo até na Arena, em agosto. Os bolivianos do The Strongest, quem diria, foram os “campeões” da chave.
Três razões impediram o Grêmio de ser melhor do que o desinteressado Estudiantes, lanterna do grupo.
1 ) Cansaço. O esforço no Chile para ganhar do Huachipato foi enorme, e o segundo tempo no gramado pesado pelo temporal aumentou o desgaste. O Grêmio deu espaços a varrer no meio-campo. Marcou pouco. Não conseguiu encurtar espaço. Perdeu muitas divididas.
2 ) Elenco. Aconteceu de novo. Quando saíram Diego Costa, lesionado, e logo após Cristaldo, extenuado, o ataque do Grêmio sumiu. Os argentinos adiantaram linhas e foram chegando aos poucos. JP Galvão é inofensivo. Carballo, ainda sem ritmo, fracassou como dublê de meia. Estava na cara que o gol de empate viria, tal a incapacidade, sem Diego e Cristaldo, de reter a bola e acionar o ataque.
3 ) Bola aérea. Rodrigo Ely e Kannemann nem pularam no gol de cabeça argentino. E foi uma bola viajada, lenta, cobrança de escanteio. Ely é alto, valente e lutador, mas de novo a bola passou por cima dele e achou um cabeceio adversário. Antes, uma falha sua deu chance de uma bola na trave do Estudiantes. Marchesin ficou no meio do caminho.
De imediato, problemas. Não haverá Diego Costa contra o Flamengo. E ficou claro que Renato terá de girar o elenco, sob risco de lesão e cansaço. Seriam três partidas seguidas com força máxima. Nessa maratona absurda, a conta já veio no Couto Pereira, neste sábado (8). Mas, como as oitavas são só em agosto, dá tempo de o Grêmio se reforçar na janela de julho e chegar mais forte nos mata-matas. É muito tempo até lá.