O Brasil inteiro está tentando ajudar as vítimas da maior catástrofe ambiental da história do Rio Grande do Sul, cada um à sua maneira. O futebol - jogadores, clubes, técnicos, ex-atletas - se movimenta país afora. Mas sinto falta de um cidadão, em especial: Neymar.
Se ele se mover de algum jeito registrarei aqui com imensa alegria. Mas até agora não vi nada nas suas redes sociais, onde costuma se pronunciar, a não ser um distante "confiando nas autoridades e orando para que tudo volte ao normal o mais rápido possível". Mais protocolar, impossível.
Não tenho nada contra Neymar. Tem lá seus defeitos, sim, mas como jogador sempre foi exemplar. Ainda acredito nele em forma para a Copa dos EUA, Canadá e México, em 2026. Sou um dos poucos, aliás. Mas acredito.
Um ídolo com centenas de milhões de seguidores, do futebol e no país do futebol, tem obrigação de se mexer. Agir. Ainda dá tempo. Puxa, uma divulgação da conta pix do Governo do Estado já bastaria para angariar recursos do planeta todo.
Ronaldinho, outra estrela de proporções mundiais, fez isso. Teve milhões de compartilhamentos e likes. Ajudou com um post simples, com um texto do jeito dele e muita empatia. Quantos milhões de reais Ronaldinho arrumou só com essa postagem em suas redes?
Quer outro exemplo? Whindersson Nunes. Amigo de Neymar, inclusive. Sozinho, através de sua conta no X, arrecadou R$ 1 milhão vapt-vupt. A partir desta segunda-feira, o humorista distribuirá mil cestas básicas por dia em pontos de doação gaúchos, com um helicóptero bancado por ele.
Vem, Neymar. É ruim ver suas redes sociais e perceber tão pouca empatia com um drama que acontece em seu país.